terça-feira, 22 de março de 2011


E quando os lábios dela encontraram os meus, sinto um estranho formigamento, algo que nunca senti antes em todos os nossos anos juntos, mas não recuo. E subitamente acontece um milagre, porque sinto sua boca aberta e descubro um paraíso esquecido, inalterado durante todo este tempo, perene e imutável como as estrelas. Sinto o calor do corpo dela, e quando as nossas línguas se encontram eu me permito deslizar, como fiz anos atas. Fecho os olhos e me torno um navio poderoso, forte e sem medo, enfrentando águas turbulentas, e ela é as minhas velas. Com gestos suaves eu traço o contorno do seu rosto, depois seguro a mão dela. Beijo seus lábios, as maçãs do rosto, e a ouço tomar fôlego. Ela murmura com a voz doce: "Oh, Noah ... Senti sua falta". Outro milagre - o maior de todos! - e não tenho como conter as lágrimas enquanto começamos a deslizar para o proprio céu. Pois, nesse momento, o mundo se enche de maravilha, quando sinto que os dedos dela procuram os botões da minha camisa e lentamente, muito lentamente, começam a desabotoá-los, um a um.

Diário de uma paixão - Nicholas Sparkes

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