Ela não conseguia entender, como alguém podia ter mudado em tão pouco tempo? Como alguém podia agir daquela forma, com que só lhe foi dedicação? Eis que então, de tanto tentar ela se convenceu que acreditava, era mentira, ela não entendia, mais de tanto tentar achou que entendeu, depois de tanto chorar resolveu não sofrer mais, de tanto falar de amor ela achou que estava apaixonada, que tinha encontrado o amor, de tanto fingir ela transparecia felicidade, e se alguém a perguntasse: - Você esta realmente feliz? Ela sempre se confundia na resposta, não que ela não soubesse a verdade, a infelicidade estava estampada na cara dela, é que quem perguntou sempre aceitava suas respostaras do tipo : -É que, assim sabe né? Porque no fundo, não é qualquer pessoa que questiona a felicidade, só pessoas realmente especiais, de tanto estudar ela passou naquilo que ela fingia que gostava, depois de muito ser cobrada ela casou, teve filhos, de tanto fingir que aquilo era verdade por ora ela acreditava naquilo, afinal é melhor mentir pra nós mesmos do que encarar a verdade, mais no fundo do seu coração algo sussurrava e a torturava, algo que dizia que aquilo não era verdade, que aquilo era uma fuga, é uma pena que ela não ouvia, não a culpem é que de tanto tentar entender as coisas sozinhas ela não conseguia mais fingia, e assim ela levou a sua vida, casou, se formou, teve filhos, e enfim ela morreu, e de tanto acreditar que iria pra um lugar melhor ela deixou um legado as pessoas especiais, aquelas pessoas que perguntaram sobre a felicidade, ela viveu pra mostrar que ninguém jamais pode viver de meias verdades, que mesmo depois de tanto tentar as vezes as coisas não são boas o suficientes, eis que vos digo: a felicidade deve morar com você até segunda ordem!