| Sussurro - Becca |

{...}
“E o meu primeiro?” Eu exigi.
“Você mantém a vida numa coleira curta.”
“O que isso quer dizer?”
“Você tem medo do que não consegue controlar.”
{...}
“Espera,” eu chamei. Ele não se virou.
“Com licença!” Ele tinha passado pela porta. “Patch! Eu não peguei nada sobre você.”
Ele se virou e andou na minha direção. Tomando minha mão, ele rabiscou algo nela antes de eu a puxar. Eu olhei para baixo para os sete números em tinta vermelha na minha palma e fechei a mão ao redor deles. Eu queria dizer a ele que de jeito nenhum seu telefone tocaria hoje a noite. Eu queria dizer a ele que era culpa dele por tomar todo o tempo me questionando. Eu queria um monte de coisas, mas eu só fiquei parada lá parecendo como se não soubesse abrir minha boca.

Saudade ‼

Deitei, coloquei uma música. Era uma que relatava a nossa história, peguei o telefone, digitei teu numero, pensei em te ligar, mais afinal pra que? Me contive ... Retornei aos meus pensamentos, e como sempre você estava lá, bailando e brincando comigo, como sempre fez, em questão de segundos um ardor estranho tomou conta de mim, levantei, na esperança de que passasse, que ingênua, claro que não passou, não era um simples mal estar, era algo relacionado a saudade e de repente como se a angustia gostasse só de você, ela me fez lembrar do nosso ultimo abraço, ah, como se o que eu tivesse sentindo já não doesse bastante e esse transtorno quase que indescritível fez com que os meus olhos se enchessem de lagrimas, reprimi, esta forte o suficiente para não chorar, mais porque não chorar? Orgulho. Estava decretado, dessa vez vai ser diferente, eu não vou fracassar, assim eu espero. Deitei e tentei dormir, antes disso supliquei ao meu Deus que tirasse você dos meus sonhos/pesadelos. Adormeci. Acordei, gratificante, haviam se passado oito horas e não tinha encontrado você, o meu Deus me atendeu e hoje ponho fim nessas amargas linhas mantendo a expressão de monotonia, e com suave doçura.